Chanceler chinês pede governança global justa e multilateralismo mais forte

A China pede o estabelecimento de um sistema de governança global justo e equitativo e a promoção da construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, no sábado.

Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as observações ao informar a imprensa chinesa sobre suas visitas ao Reino Unido e à Irlanda, participação na 61ª Conferência de Segurança de Munique (MSC, sigla em inglês) na Alemanha, presidência da reunião de alto nível do Conselho de Segurança da ONU em Nova York e participação da Reunião de Ministros das Relações Exteriores do Grupo dos 20 (G20) na África do Sul.

A China aproveitará o 80º aniversário da fundação das Nações Unidas como uma oportunidade de trabalhar com todas as partes para extrair sabedoria da história, dar início a uma nova era de multilateralismo, construir um sistema de governança global justo e equitativo e promover a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, disse Wang.

Como o atual cenário internacional passa por transformações e turbulências, com crescentes déficits de paz, desenvolvimento e governança, a governança global chegou a uma encruzilhada histórica, disse ele.

A comunidade internacional tem grandes expectativas sobre como fortalecer o papel da ONU e tratar conjuntamente dos desafios globais e das questões regionais de focos de crises, acrescentou.

Ele disse que, como presidente rotativo do Conselho de Segurança da ONU em fevereiro, a China presidiu a reunião de alto nível do Conselho de Segurança sobre "Praticando o Multilateralismo, Reformando e Melhorando a Governança Global" para reafirmar a aspiração original das Nações Unidas, construir um consenso sobre o multilateralismo e injetar um novo ímpeto para o fortalecimento da governança global.

Durante a discussão, todas as partes concordaram que o papel da ONU é indispensável, que a tendência ao multilateralismo é irreversível e que a reforma e o aprimoramento da governança global não podem ser adiados, segundo Wang.

Em termos do foco da MSC deste ano na multipolaridade, Wang assinalou que, apesar dos desafios complexos que o mundo enfrenta, a paz, o desenvolvimento e a cooperação de benefício mútuo continuam sendo tendências imparáveis da época.

A mudança histórica em direção à multipolaridade e à globalização econômica é irreversível, acrescentou.

Um mundo multipolar não é apenas uma inevitabilidade histórica, mas também está se tornando uma realidade, disse Wang, enfatizando que a China será um fator de certeza nesse sistema multipolar e se esforçará para ser uma força construtiva inabalável em um mundo em transformação.

Observando que a Cúpula do G20 será realizada no continente africano pela primeira vez em novembro deste ano, ele ressaltou que é um "momento africano" tanto para o G20 quanto para a governança global, demonstrando mudanças históricas no cenário político e econômico internacional e carregando grande significado.

Wang também disse que, durante a Reunião de Ministros das Relações Exteriores do G20 em Joanesburgo, a China propôs ouvir a voz da África, levar suas preocupações a sério, apoiar suas ações e fortalecer o desenvolvimento da África por meio da cooperação do G20 para alcançar a prosperidade e o progresso comuns, uma proposta amplamente reconhecida pelos participantes.

A China desempenhará um papel ativo e construtivo na cooperação do G20, apoiará firmemente a presidência da África do Sul e incentivará todas as partes a se concentrarem no tema de "Unidade, Igualdade e Sustentabilidade" para atender às expectativas comuns do Sul Global, acrescentou Wang.

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